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Nota de Pesar pela morte de Nelson Mandela

"Em nome do Supremo Tribunal Federal, envio minhas profundas condolências à senhora Graça Machel e aos familiares de Nelson Mandela, assim como ao povo e ao governo sul-africanos.

A morte de Nelson Mandela torna o mundo mais pobre de referências de coragem, dignidade e obstinação na defesa das causas justas. Sua vida altiva traduziu o sentido maior da existência humana. Seu nome permanecerá como sinônimo de esperança para todas as vítimas de injustiça em qualquer parte do mundo".

Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal

Sem dia certo para receber

Jornal Extra - Meriti

STJ ACEITA DENUNCIAS CONTRA DOIS CONSELHEIROS DO TCE-RJ

Por 7 votos contra cinco, a ação Penal nº 685, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foi recebida pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na sessão desta quarta-feira 20). No entanto, o afastamento dos acusados foi rejeitado. Votaram pelo recebimento os ministros Ari Pargendler, Nancy Andrigh, Gilson Dipp,
Eliana Calmon, Herman Benjamin, Sidnei Beneti e Mauro Campbell Marques. Votaram pela rejeição os ministros Humberto Martins, Luis Felipe Salomão, Napoleão Nunes, Maia Filho e Castro Meira.
A denúncia do MPF é contra o presidente do TEC-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Júnior, e o conselheiro José Gomes Graciosa. A ação penal é um dos desdobramentos da Operação Pasárgada, deflagrada pela Polícia Federal em 2008.

Os dois conselheiros envolvidos teriam facilitado a entrada do Grupo SIM no Rio de Janeiro, decidindo favoravelmente pela inexigibilidade para contratação da empresa pela Prefeitura de Carapebus (RJ). Segundo o MPF, para que houvesse o favorecimento da empresa foi necessário o estabelecimento de um canal direto de negociação entre a organização criminosa e os conselheiros do TCE-RJ.
Esse contato teria sido estabelecido para que o Grupo SIM fosse liberado de eventual ressarcimento de valores recebidos e pagamento de multa e para manter o status artificialmente formado de notória especialidade para legitimar a inexigibilidade da licitação. De acordo com a denúncia, o intermediário entre o Grupo SIM e os conselheiros do TCE-RJ era o secretário municipal de Carapebus, José Álvaro de Carvalho Lopes, remunerado pelo próprio Grupo SIM mediante propinas mensais. O ex-deputado estadual no Rio de Janeiro José Nader Júnior também fazia parte do esquema, por ser filho do então conselheiro do TCE-RJ José Leite Nader - todos denunciados.
A peça acusatória individualiza a prática criminal dos dois conselheiros acusados. Para o MPF, "os atos de ofício almejados foram efetivamente praticados pelo conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Júnior, que, na condição de relator do Processo nº 200.979-4/98, em 11.12.2003, apresentou voto pelo conhecimento do ato de inexigibilidade de licitação da Prefeitura de Carapebus, em contrapartida à vantagem solicitada e, àquela altura, já parcialmente percebida". A denúncia também indica que o conselheiro José Gomes Graciosa solicitou e recebeu vantagem indevida, embora não tenha chegado a praticar ato de ofício. 
Postado por ALBERTO MARQUES DIAS às 11/25/2013 05:27:00 PM
FONTE: http://albertomarques.blogspot.com.br/

Simulador revela quanto será pago na aposentadoria

Rio - Servidores da União em dúvida se vão aderir aos planos da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp) têm ferramenta atualizada para simular os ganhos. Além de poder escolher diferentes taxas de rentabilidade, a simulação permite alterar a idade para recebimento do benefício.
 
O novo simulador de adesão aos planos de previdência do Executivo (ExecPrev) e do Legislativo (LegisPrev) foi divulgado na sexta-feira. Para verificar a renda bruta projetada, é possível escolher entre percentuais mais conservadores, de 3% a 5%, ou arrojados, de 6% e 7% ao ano. Os cálculos são feitos a partir de parâmetros como tempo de contribuição, idade de ingresso e da percepção da aposentadoria, além de vínculo funcional.
 
Como fazer
 
Intressados na simulação devem acessar o site da fundação, em www.funpresp.com.br. Para ver o resultado do valor projetado do benefício, basta digitar o CPF, sexo, data de nascimento e remuneração. Em seguida, o servidor deve escolher a rentabilidade e a idade diferenciada de aposentadoria, se for o caso.
 
Após a simulação, o interessado pode acessar o formulário de requerimento e aderir aos planos. Basta preencher o documento, imprimir três vias e entregar na área de Recursos Humanos do órgão público em que trabalha.
 
Os planos administrados pela Funpresp garantem renda adicional na aposentadoria e proteção para casos de invalidez ou falecimento. Além disso, são feitas deduções mensais no Imposto de Renda Pessoa Física (até 12% dos rendimentos tributáveis) e o ganho duplicado desde a adesão, com a contribuição do patrocinador, no caso do participante ativo normal.
 
Ministra defende cotas raciais em concursos públicos
 
Apenas 30% dos servidores federais do Poder Executivo são negros. Isso é o que mostra levantamento feito pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) com base em dados disponibilizados pelo Ministério do Planejamento, após 519.369 servidores declararem sua cor de pele no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape).
 
A parcela de negros na população brasileira é de 50,7%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação da ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, esse cenário justifica o projeto de lei apresentado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 5 de novembro, que reserva 20% das vagas em concursos públicos de órgãos do governo federal para negros.
 
Mesmo com escolaridade equivalente à de não negros, a população negra e parda tem rendimentos médios menores, demonstra pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no dia 19 de novembro.
 
Segundo a ministra, o número de negros no serviço público federal tem crescido: variou de 22,3%, em 2004, para 29,9% em 2013. Mas não é suficiente para uma redução significativa das diferenças raciais. “A cota busca acelerar o ingresso de negros, de modo a assegurar a diversidade do quadro de servidores”, justifica.
 
Fonte: O DIA - 24/11/2013

Poupança: Ex-autoridades econômicas fazem pressão no STF

Cresce a pressão do governo contra os poupadores para salvar os bancos de uma fatura que pode chegar a R$ 150 bilhões. O Palácio do Planalto e o sistema financeiro pretendem reunir aliados improváveis antes do início do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima quarta-feira, que definirá se os planos Bresser, Verão e Collor I e II, lesaram depositantes. Uma carta assinada por ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central — parte deles de linha política completamente oposta — deve ser entregue ao STF esta semana. O documento tentará expor supostos riscos à economia brasileira, caso a conta seja paga. Os advogados dos clientes, no entanto, acusam os banqueiros de fazer terrorismo com a Corte Suprema para tentar influenciar a decisão.
 
Os poupadores argumentam ainda que os bancos, por terem dado aos clientes uma rentabilidade menor que a inflação na época dos planos, lucraram alto. Um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) reforça essa tese e diz que, entre a implementação do plano Bresser e setembro de 2008, as instituições faturaram R$ 441,7 bilhões. “Esse lucro se deu em detrimento dos poupadores. Os tribunais reconhecem isso há mais de duas décadas”, diz Luiz Fernando Pereira, um dos advogados dos depositantes. Os juristas e técnicos do governo negam esse ganho. Segundo eles, os planos econômicos derrubaram o rendimento dos bancos.
 
Disputa
 
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que defende os depositantes, garante que os bancos e o governo estão exagerando valores e a possibilidade de danos ao sistema financeiro e à economia. Nos cálculos da entidade, a fatura é de R$ 18,2 bilhões, dinheiro que já estaria provisionado. Isaac Sidney Ferreira, procurador-geral do Banco Central, diz que essa estimativa é irreal e que, em 2008, quando o Ministério da Fazenda fez um cálculo de R$ 105 bilhões, o Idec reconhecia um impacto apenas um pouco menor, de R$ 102 bilhões.
 
“Além disso, os provisionamentos atuais dos bancos refletem apenas ações individuais com resultados que lhes foram desfavoráveis, não incluindo aquelas referentes aos planos Collor I e II, que representam 50% do impacto estimado. E o que o STF julgará agora afetará a totalidade dos processos sobre planos econômicos”, defende Ferreira. Segundo ele, as instituições financeiras não teriam feito reservas para fazer frente a perdas com os planos da era Collor porque tinham ganho a maior parte dos processos nas instâncias inferiores. Também não foi preparada qualquer provisão para as ações coletivas — os bancos só tomam esse cuidado quando esse tipo de ação já tem uma sentença e não há mais possibilidade de recurso, e somente nessa etapa a instituição sabe a quem terá que pagar.
 
Pereira, advogado dos poupadores, diz que o cálculo do governo e dos bancos, de R$ 150 bilhões, está errado. Para ele, o número considera todos os depositantes afetados e não apenas os que recorreram à Justiça. “A Procuradoria-Geral juntou ao processo parecer técnico demonstrando que, para chegar ao número de R$ 150 bilhões, os bancos consideraram que absolutamente todos seriam ressarcidos”, explica. “A verdade é que apenas uma pequena minoria apelou ao Poder Judiciário”, diz.
 
Tropa de choque
 
O governo montou uma tropa de choque para pressionar o STF. Na semana passada, colocou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para fazer lobby perante os membros do Supremo. Eles alegam que, se os bancos perderem a causa, o custo da correção exigida pelos depositantes causará danos não apenas no balanço das instituições. Os prejuízos, segundo o Executivo, podem se espalhar pela economia. De acordo com o BC, haveria restrição de crédito de aproximadamente R$ 1 trilhão e a Receita Federal deixaria de recolher cerca de R$ 60 bilhões em impostos e contribuições. A redução na oferta de empréstimos e financiamentos poderia derrubar ainda mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que tem sido modesto nos últimos anos.
 
Os economistas do governo também estão em alerta com a disputa judicial. A Caixa Econômica é responsável pela maior parte da fatura, cerca de R$ 50 bilhões. Se tiver de pagar a conta, o Tesouro Nacional seria obrigado a cobrir o rombo com dinheiro público. O mesmo deve ocorrer com o Banco do Brasil. “As instituições querem convencer o STF a partir de um terrorismo econômico”, argumenta Pereira.
 
Incerteza
 
No STF, fontes garantem que não há uma posição predominante entre os ministros. A complexidade e os detalhes do processo deixam dúvidas. Nenhum julgamento anterior levou em conta as questões que serão debatidas a partir de quarta-feira. O Banco Central, em nota técnica elaborada em 2009, diz que os planos econômicos preservaram o poder de compra dos depósitos. Os poupadores, porém, pensam o contrário. Nos processos movidos contra as instituições financeiras, os depositantes afirmam que foram lesados em 8,04% no plano Bresser; 20,37% no Verão; em 44,80% no Collor I; e em 4,39% no Collor II.
 
Um estudo elaborado por bancos e que foi anexado ao processo considera que o valor a ser pago é ainda maior que os R$ 150 bilhões, seria algo próximo de R$ 750 bilhões em função de juros remuneratórios e mora. Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), os balanços patrimoniais dos bancos, no período entre 2005 e junho de 2013, não falam em qualquer risco sistêmico em função da fatura deixada pelos planos econômicos. 
 
A entidade explica que, ao analisar os balanços das instituições, não encontrou evidências de ameaça à liquidez em nenhuma das notas explicativas, itens nos quais os bancos devem justificar as eventuais provisões. O Idec afirma ainda que 99% das ações públicas foram extintas em agosto de 2010, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu de 20 anos para cinco o prazo de prescrição para ingressar com esses processos.
 
Fonte: Correio Braziliense - 25/11/2013

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