Desempregada descobre que é funcionária da prefeitura de São João de Meriti

O dia 29 de março de 2011 vai ficar marcado para a operadora de caixa lotérica Patrícia Gonçalves de Souza, de 28 anos. Após ser demitida, em janeiro deste ano, ela descobriu que não poderia sacar o seguro-desemprego, pois tinha um valor pendente com o Ministério do Trabalho. O motivo: recebeu o benefício, enquanto era funcionária da Prefeitura de São João de Meriti. A punição seria correta se Patrícia realmente tivesse trabalhado na prefeitura, mas, embora as cópias de todos os seus documentos estivessem lá, não havia nenhum termo de posse assinado por ela.

— Quando me disseram que eu constava como funcionária, fiquei pasma. Tinham todos os meus documentos e eu nunca pisei na Prefeitura. O máximo que fiz foi trabalhar para o TRE porque fui convocada.

O Tribunal Regional Eleitoral informou que não há qualquer vínculo entre haver uma documentação na prefeitura como se Patrícia fosse funcionária com a sua convocação para trabalhar nas eleições.

Demissão

Em maio de 2008, Patrícia recebia o seguro-desemprego, referente a sua demissão de uma lanchonete. No entanto, para o Ministério do Trabalho, consta que ela recebeu o benefício depois de trabalhar na Prefeitura de São João do Meriti, no período de 10 a 30 de maio de 2008, como assessora do governo, no quadro da Secretária de Saúde, com um salário de R$ 340,20. Devido à irregularidade, Patrícia deve restituir a quarta parcela de um seguro-desemprego, que teria sido recebida em julho de 2008, no valor de R$ 415.

Por causa do impasse, mesmo após ter sido demitida da lotérica, ela ficou sem o seguro e precisou mudar os planos.

— Ia receber cinco parcelas de R$ 600. Tive que voltar para a lotérica. Pretendia trabalhar no Rio, mas agora tenho que acompanhar tudo de perto.

Fonte: 09/09/2011 às 08:00 Extra.globo.com

 

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