Meriti vive o caos como no tempo de Valência

Sandro Matos, dizem lideranças locais, está com uma gestão pior que a do ex-prefeito Manoel Valência


Pedetista eleito em 1982 é lembrado 32 anos numa comparação com o gestor atual
Trigésimo-primeiro prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos (PDT) está sendo apontado como o pior gestor da história do município, batendo, inclusive, o 21º, Manoel Valência Opasso, também do PDT, eleito em 1982 para um mandato de seis anos, o qual não chegou a concluir. Valencia é lembrado agora pelos moradores mais antigos não por ter deixado saudades, mas por conta de uma péssima gestão e de uma série de denúncias de irregularidades, situação que o levou a perder a cadeira para o vice-prefeito José Claudio da Silva, dois anos após assumir o governo. Matos, que não deveria ter muito mais que dez anos quando Valência foi eleito, pode não ter nenhuma recordação daquela administração, mas hoje, pelo caos administrativo em que Meriti está mergulhado, está sendo comparado a ele e há quem diga que “se o município tivesse vereadores de verdade Matos já teria sido apeado do cargo há muito tempo”.
Funcionário público, Manoel Valência foi levado à cadeira de prefeito pela onda brizolista que tomou conta de todo o estado do Rio de Janeiro. Na eleição de 1982 o voto era vinculado e o eleitor tinha que escolher candidatos a governador, deputado federal, estadual, prefeito e vereador de um mesmo partido. Naquele ano o pleito foi disputado por quatro partidos (PMDB, PDS, PDT e PTB) e a exemplo do que aconteceu na maioria das cidades onde o PDT venceu a eleição, Meriti elegeu a maioria de vereadores pedetistas, 12 de um total de 21, mas mesmo assim Manoel perdeu o trono. Hoje, embora eleitos por partidos diferentes do de Sandro Matos, pelo menos 18 dos 21 membros da Câmara apoiam o prefeito e não há na Casa qualquer clima para uma comissão de investigação visando apurar o que levou o município para o buraco.
Os servidores municipais não sabem se terão o salário regularizado, nos setor de Saúde continua faltando medicamentos e materiais de consumo, os serviços essenciais permanecem ameaçados, e só mesmo o funcionalismo e a população parecem preocupados com a situação de penúria em que a cidade se encontra.

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