Saúde: pacientes relatam demora no atendimento em São João de Meriti, na Baixada Fluminense

Andreza Vianna teve buscar outra unidade para a filha, pois a UPA estava sem pediatra Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo
Lígia Modena

Sophia tem apenas 5 anos mas, apesar da pouca idade, está acostumada com a demora para ser atendida nos postos de saúde de São João de Meriti, onde mora com a mãe, Andreza Vianna.
— Se ela fica doente e preciso levá-la ao médico, é sempre a mesma coisa. Acho que ela até já se acostumou — comenta Andreza, que levou a filha para ser atendida na UPA da cidade na manhã de ontem, e teve que ir embora, pois não tinha pediatra.
Sophia só conseguiu ser atendida no fim da tarde no posto de saúde de Éden.
— É revoltante a demora — diz a mãe.
No mesmo posto de saúde, a aposentada Solange Gomes, de 67, esperava há três horas por um ortopedista.
— Estou cheia de dor e me mandaram ir para o PAM encarar mais uma fila. Está complicada essa situação. É uma via-crúcis conseguir ser atendida na cidade — desabafa a aposentada.
Servidores protestam
Na manhã de ontem, funcionários, aposentados e pensionistas das secretarias de Saúde e Administração de Meriti fizeram uma nova manifestação na porta da prefeitura, para reivindicar o pagamento de dois meses de salários atrasados. De acordo com eles, o pagamento do mês de junho só foi feito no último domingo.
Uma psicóloga, que preferiu não se identificar, informou que, apesar dos salários atrasados, os profissionais continuam trabalhando.
— A gente tem um compromisso com as pessoas. Eu não posso deixar meus pacientes sem atendimento. Eles não têm nada a ver com isso — afirma ela.
Já a aposentada Vera Ferreira, de 75 anos, denunciou que os atrasos acontecem há mais de um ano:
— Eu preciso pegar dinheiro emprestado com a minha família para conseguir sobreviver. Mesmo assim, estou com as contas atrasadas.
Para secretário, o atendimento está normal
O secretário de Saúde de São João de Meriti, Oscar Berro, informou que o atendimento nas unidades de saúde está normal e não faltam médicos nos postos da rede municipal. Ele destacou ainda que existe uma equipe de sobreaviso caso haja carência de médicos.
— Eu tenho uma equipe reserva com nove médicos, 15 enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem para serem deslocados na falta de profissionais de saúde. E não existe prazo para isso acabar — informou ele.
Em relação ao atraso dos salários, ele anunciou que hoje os pagamentos de julho serão feitos e, os de agosto, devem ser regularizados até o fim deste mês:
— O problema foi causado pela diminuição da arrecadação da União e do estado, e a consequente redução dos repasses aos municípios, mas nós vamos resolver rápido


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